Bolsas e commodities sobem, à espera do Fed e repercutindo G-20
Fonte: InfoMoney
25/10/2010 09h54
SÃO PAULO – A última semana de outubro começa com uma percepção mais otimista da economia global, à medida que o mercado aguarda novas ações de flexibilização nos Estados Unidos e a reunião dos ministros do G-20 terminou com recomendações de menores intervenções no câmbio.
A reação às notícias do final de semana traz alta aos ativos de risco. Nos Estados Unidos, os contratos futuros do S&P 500, do Nasdaq e do Dow Jones, negociados na CME (Chicago Mercantile Exchange), sobem 0,64%, 0,53% e 0,53%, respectivamente. Na Europa, os principais índices acionários abriram a manhã em alta, com destaque para o DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, que avança 0,74%.
No mercado de commodities, o movimento nesta manhã também é positivo. Metais industriais, como cobre, zinco e alumínio, são negociados com valorização; no mesmo sentido, o petróleo avança mais de 1% em Nova York.
Ao mesmo tempo, o dólar sofre mais uma manhã de queda frente às principais moedas internacionais. O comunicado final da reunião do G-20 acabou por reduzir as especulações de compra da moeda norte-americana por governos ao redor do globo, para que suas divisas não se valorizem.
G-20
Reunidos na Coreia do Sul, os ministros de Finanças dos países participantes do G-20 afirmaram, em comunicado, que buscarão evitar o enfraquecimento das moedas para impulsionar as exportações, comprometendo-se em evitar uma "desvalorização competitiva".
Entretanto, temas como os impactos do alívio quantitativo nos EUA e o câmbio na China foram deixados para a reunião de cúpula do grupo, que acontece nos dias 11 e 12 de novembro. Cabe ressaltar que os economistas mostram-se divididos em relação ao verdadeiro efeito que uma nova rodada de flexibilização norte-americana teria. Em relação à divisa chinesa, depois de apertar a pressão, o governo dos Estados Unidos reduziu a dureza do discurso sobre as ações do governo sobre o câmbio.
Agenda econômica
A escassa agenda de indicadores norte-americanos reforça o impacto das notícias do final de semana nesta sessão e mantém a atenção dos investidores na possibilidade de uma segunda rodada de flexibilização quantitativa por parte do Federal Reserve.
Assim, nesta sessão o que fica em foco é o Existing Home Sales, que contabiliza o número de vendas de casas usadas nos Estados Unidos. Vale lembrar que os indicadores devem ser observados com cautela nesta semana, especialmente devido à divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do país referente ao terceiro trimestre, marcada para a sexta-feira (29).
Do outro lado do Atlântico, a Eurostat – agência oficial de estatísticas da Comissão Europeia - divulgou o volume de encomendas à indústria da Zona do Euro. O indicador mostrou alta de 5,3% na passagem entre julho e agosto deste ano, trazendo sinais positivos sobre a recuperação econômica da região.
Cenário corporativo
Entre as empresas que se destacam no noticiário desta segunda-feira, o destaque fica para os bancos norte-americanos. O Citigroup vê seus papéis avançarem quase 2% na bolsa de Frankfurt após o Goldman Sachs incluir os papéis da instituição na sua lista de “convicção de compra”, esperando que as ações subam 34% em 12 meses.
Já o Bank of America reconheceu erros nos arquivos de execuções hipotecárias, segundo o Wall Street Journal. O banco teria encontrado de 10 a 25 erros nas primeiras centenas de casos revisados, de um total de 102 mil. As ações da instituição sobem 1% no pré-market de Wall Street.
Por fim, a British Petroleum também entra em foco, após anunciar a venda de quatro poços no Golfo do México para a japonesa Marubeni por US$ 650 milhões. A operação faz parte do comprometimento da petrolífera de vender até US$ 30 bilhões em ativos periféricos para pagar a limpeza do maior vazamento de petróleo já ocorrido nos Estados Unidos.
Brasil
Por aqui, o dia também é agitado. Além dos rumores de venda da Brasil Ecodiesel, cujas ações devem ficar em foco nesta sessão após fecharem com alta de mais de 15% na sexta-feira, a Petrobras também entra em destaque. A empresa assinou um contrato com a Açúcar Guarani, subsidiária da Tereos, para fornecimento de 2,2 bilhões de litros de etanol por quatro anos. O contrato é estimado em R$ 2,1 bilhões.
Na agenda, em meio à crescente preocupação com as contas nacionais, o Banco Central divulgará a Nota do Setor Externo, com as informações sobre o balanço de pagamentos e as reservas internacionais do Brasil. Enquanto o documento não é divulgado, o mercado avalia a edição semanal do Relatório Focus, que mostrou nova elevação nas expectativas para a inflação. No final da manhã, os investidores recebem ainda a balança comercial semanal.
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